Ex-jogadores falam da importância de Flamengo x Vasco.
Bujica – Foto: Divulgação |
EXTRA GLOBO: Até em amistoso, Flamengo e Vasco vale muito. Que o diga Vítor Gomes, atacante que em 1996, em duelo entre as equipes em Manaus, foi o herói na vitória por 3 a 2 contra o rivl que naquele dia não tinha Romário, machucado.
No fim daquele ano, porém, o então atacante de 25 parou de jogar por causa de uma lesão grave no joelho direito. Foi seu único Clássico dos Milhões, portanto. Hoje, aos 45 anos, Vítor é corretor de imóveis na cidade de Cabo Frio, e lembra como valeu o jogo no estádio Vivaldão.
— No profissional foi o único Flamengo e Vasco. Valeu muito para mim. Depois daquele jogo, no fim do ano eu parei. Estava tendo seguidos derrames no joelho, peguei infecção hospitalar na cirurgia. Não conseguia continuar, toda hora tomava infiltração — recorda, em um misto de lamento e satisfação por ter estado naquele jogo que, aparentemente, não valia nada.
Hoje, Vítor faz seus gols em peladas toda semana, no máximo. O gol de falta marcado diante do Flamengo, contudo, ficou na memória mais de 20 anos depois. Assim como a festa da torcid que lotou o estádio amazonense em um amistoso para arrecadar recursos.
– A gente não esperava que teria tanta gente, parecia final de Copa do Mundo. Parecia que estava jogando no Rio, com metade de torcida para cada lado, o jogo foi quente, inflamado pela torcida. Flamengo tinha um bom time, ficamos no mesmo hotel, teve refeição junto, mas ficou clima amistoso só antes do jogo – brinca Vítor, que voltava de contusão e queria mostrar serviço. O gol acabou lhe rendendo visibilidade, mas a lesão o venceu.
— Foi uma emoção enorme. Eu estava voltando de contusão, fiquei parado quase um ano por causa da cirurgia no joelho. Viajei na excursão para tentar voltar, para mim foi importante por causa disso, uma marca — conta o ex-atacante vascaíno.
Bujica sentencia: É o melhor jogo a ser jogado
Herói improvável no clássico válido pelo Brasileiro em 1989, Bujica, então com 20 anos, se tornou conhecido da torcida do Flamengo pelos dois gols na partida. Era só mais um jogo que não valia título, mas era Flamengo e Vasco:
— Para aqueles que acham que esse jogo não vale nada, com certeza ele vale. É um campeonato à parte, sim. Para carreira dos atletas que estiverem em campo vale muita coisa, marca, como me marcou a minha carreira. Muita coisa acontece na minha vida por conta de dois gols que fiz em cima do Vasco. É diferente de jogar qualquer outra partida. É o melhor jogo a ser jogado — definiu Bujica, hoje membro da Secretaria de Esportes de Rio Branco, no Acre.
Ficar marcado por derrotar o maior rival, segundo o ex-jogador, é a melhor sensação para a vida de um atleta.
— Fazer gols em cima do Vasco é a melhor coisa do mundo. A emoção é diferente — contou o profissional de educação física no Acre.