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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Sem Presidente, Flamengo vê Flávio Godinho assumir rédeas.

Ao lado do presidente Eduardo Bandeira de Mello, que só se pronunciou para comunicar oficialmente a saída do técnico Muricy Ramalho.
27 de maio de 2016
Foto: Aline Nastari/Esporte Interativo

EXTRA GLOBO: Com seis meses no cargo, o vice de futebol Flavio Godinho estreou o assento do novo auditório do Centro de Treinamento do Flamengo para tomar as redeas do departamento e falar, finalmente, sobre a crise no clube, que ganhou ares dramáticos com a saída do técnico Muricy Ramalho.

A presença outrora pouco constante no dia a dia do futebol deu lugar, antes tarde do que nunca, a um dirigente que fala á torcida sobre o tema do qual é responsável. Até agora, apenas Rodrigo Caetano se expunha em situações complicadas. Hábil e bom articulador, Godinho deu logo seu recado. Quer retorno do time em campo e dos demais profissionais do futebol, e mudanças ainda não estão descartadas.

– Quando a bola não entra sempre é mais difícil. A crônica esportiva sempre disse que as contratações eram acertadas, que com o Muricy o ano ia decolar. A prática indicou que não deu liga. Como precisaremos fazer uma nova comissão técnica, se o time precisar de reforços ele vai ser reforçado – avisou o vice-presidente.

Questionado sobre a estrutura do futebol e a exclusiva culpa sobre jogadores e funcionários remunerados, Godinho indicou que a diretoria quer retorno sim do time em campo, mas que as cobranças extrapolam as quatro linhas quando o assunto é resultado.

– O time tem que jogar e a gente acha que dá condição para o time jogar. O mesmo critério de avaliação para jogador e comissão técnica vale para dirigente amador e remunerado. Se for necessário fazer alguma troca a gente vai fazer – indicou homem forte do futebol, que, na prática, aparece pouco para o torcedor.

Ao lado do presidente Eduardo Bandeira de Mello, que só se pronunciou para comunicar oficialmente a saída do técnico Muricy Ramalho, Godinho conduziu a entrevista com segurança, mesmo pressionado por correntes políticas contrárias e até aliados da atual administração. Em um desgovernado futebol do Flamengo, o motorista, enfim, assumiu o volante.

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