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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Alexandre Póvoa pede desculpas por atuação do basquete.

O dirigente ainda assume a responsabilidade do resultado: (…) todos nós que participamos do basquete do Flamengo, fora e dentro da quadra.
18 de março de 2016
Foto: Divulgação

BLOG SER FLAMENGO: As atuações da equipe de basquete do Flamengo no Final Four da Liga das Américas parece ter incomodado o vice-presidente de esportes Olímpicos, Alexandre Póvoa que publicou um comunicado com pedido de desculpas à torcida.

Apesar dos resultados adversos (Bauru 81 x 83 e Mogi 71 X 73), sendo que no jogo contra o Bauru, a equipe adversária tirou uma diferença de 17 pontos do Flamengo em 7 minutos, Póvoa elenca os feitos positivos nos últimos anos do Orgulho da Nação, mas não sem deixar de se mostrar incomodado: “(…) não vamos usar absolutamente esses fatos para esconder nossa decepção, frustração e inconformismo com a nossa atuação na Venezuela“, diz Póvoa que vai além: “(…) Temos que reconhecer que perdemos, de forma totalmente atípica, uma preciosa oportunidade de conquistar mais um título (…)“.

Em outro trecho, o Vice-Presidente disse estar envergonhado: “(…) nada justifica a quantidade de falhas cometidas, em todos os níveis, nesse último trecho da partida. Enfim, o que aconteceu, a maneira que perdemos, nos envergonhou. Essa foi a pior e mais dolorida derrota do nosso basquete nos últimos quatro anos. No dia seguinte, no jogo contra Mogi, alguns desses mesmos problemas se repetiram, mas o astral do grupo já era ruim por conta dessa derrota impactante da véspera“. O dirigente ainda assume a responsabilidade do resultado: “(…) todos nós que participamos do basquete do Flamengo, fora e dentro da quadra, a começar por nós dirigentes, que escolhemos o atual elenco e comissão técnica, somos responsáveis diretos por essa dura derrota, que obviamente não pode ser comodamente atribuída à simples “obra dos deuses do esporte””.

Ao que parece, atitudes serão tomadas, como coloca Póvoa: “(…) O primeiro passo é sermos humildes para identificarmos os nossos erros (coletivos e individuais) e trabalharmos em dobro para corrigir as falhas técnicas, táticas e de postura (…)“, em outro trecho, afirma que essas atitudes serão tomadas imediatamente “(…) Os rubro-negros podem ter a certeza absoluta de que as necessárias correções de rota serão deflagradas imediatamente (…)“.

No fim o dirigente pede desculpas pela derrota: “(…) não estamos pedindo desculpas pela não conquista de um título tão difícil como é o da Liga das Américas, mas pela forma com que chegamos a esse quarto lugar na fase final nesse torneio tão importante (…)“, em seguida pede o apoio da Nação Rubro-Negra para o restante do NBB: “Pedimos o sempre presente apoio da torcida no restante da temporada, dado que o outro grande objetivo, a conquista do tetracampeonato da NBB (cinco vezes alternado), competição que estamos liderando, está totalmente ao nosso alcance. (…)”

O basquete do Flamengo enfrenta a equipe do Brasília hoje, às 20 horas no Tijuca Tênis Clube pelo NBB.

Vale registrar que poucos dirigentes tem a coragem de vir a público falar algo após resultados ruins como aconteceu com o basquete. No futebol temos diversos exemplos que muitas vezes os nossos dirigentes preferem o silêncio, que nos soa mais como covardia do que como cautela.

Veja o comunicado de Alexandre Póvoa na íntegra:

BASQUETE DO FLAMENGO – UM PEDIDO DE DESCULPAS

Caros amigos,

O C.R. Flamengo encerrou sua participação na Liga das Américas de Basquetebol, competição disputada na cidade de Barquisimeto (Venezuela) no final de semana passado, chegando à quarta colocação, depois de perdermos dois jogos pela mesma diferença de dois pontos para as equipes brasileiras do Bauru (81 x 83) e Mogi (71 X 73). O título ficou com a equipe da casa, o Guaros de Lara.

Olhando somente a fotografia e os resultados finais, seria cômodo para um dirigente do clube simplesmente afirmar que a derrota “faz parte do jogo” e que “perder é normal, até porque o Flamengo não pode vencer sempre”. Afinal, dos dez títulos disputados nos últimos três anos, ganhamos oito (três Cariocas, três NBBs, uma Liga das Américas e um Mundial), não tendo conquistado somente as duas últimas edições da Liga das Américas (mesmo assim, chegando ao Final Four nas duas ocasiões). Além disso, fomos o primeiro clube brasileiro a jogar contra equipes da NBA em território dos EUA e a alcançar a primazia de receber uma franquia norte-americana em casa para um amistoso. Olhando sob uma perspectiva mais ampla, o objetivo de manter o Flamengo no topo do basquete tem sido alcançado (lembrando que estamos na liderança novamente do atual NBB). Mas não vamos usar absolutamente esses fatos para esconder nossa decepção, frustração e inconformismo com a nossa atuação na Venezuela.

É obrigação de todos que comandam o clube hoje zelar para manter intacto não somente o respeito permanente ao nosso Manto Sagrado, mas também a esse patrimônio do basquete do Flamengo, que recebeu da própria torcida a enorme responsabilidade da alcunha “Orgulho da Nação”. Temos que reconhecer que perdemos, de forma totalmente atípica, uma preciosa oportunidade de conquistar mais um título. Na semifinal contra o Bauru Basket, a derrota, da forma que ocorreu, definitivamente “não faz parte do jogo”. Perdemos para nós mesmos, apesar de, como esportistas, aplaudirmos um adversário qualificado que conseguiu tirar a diferença de 17 pontos nos 7 minutos finais, de forma incrível. Porém, nada justifica a quantidade de falhas cometidas, em todos os níveis, nesse último trecho da partida. Enfim, o que aconteceu, a maneira que perdemos, nos envergonhou. Essa foi a pior e mais dolorida derrota do nosso basquete nos últimos quatro anos. No dia seguinte, no jogo contra Mogi, alguns desses mesmos problemas se repetiram, mas o astral do grupo já era ruim por conta dessa derrota impactante da véspera.

Enfim, todos nós que participamos do basquete do Flamengo, fora e dentro da quadra, a começar por nós dirigentes, que escolhemos o atual elenco e comissão técnica, somos responsáveis diretos por essa dura derrota, que obviamente não pode ser comodamente atribuída à simples “obra dos deuses do esporte”. O primeiro passo é sermos humildes para identificarmos os nossos erros (coletivos e individuais) e trabalharmos em dobro para corrigir as falhas técnicas, táticas e de postura. Demandamos uma atitude diferente do grupo para que os rubro-negros continuem a se orgulhar de seu time de basquete, independente de vitórias ou derrotas pontuais.

Existem “derrotas e derrotas”. O basquete do Flamengo, apesar do histórico vencedor, tem a obrigação nesse momento de apresentar suas sinceras desculpas a sua torcida. Novamente, não estamos pedindo desculpas pela não conquista de um título tão difícil como é o da Liga das Américas, mas pela forma com que chegamos a esse quarto lugar na fase final nesse torneio tão importante, vis a vis o potencial que apresenta o atual grupo. Os rubro-negros podem ter a certeza absoluta de que as necessárias correções de rota serão deflagradas imediatamente. O grupo está consciente que precisamos melhorar para atingir nossas metas. Podem ter certeza que não faltarão luta e entrega.

Pedimos o sempre presente apoio da torcida no restante da temporada, dado que o outro grande objetivo, a conquista do tetracampeonato da NBB (cinco vezes alternado), competição que estamos liderando, está totalmente ao nosso alcance. Porém, somente será possível chegarmos ao topo através da sinergia da equipe com a Nação Rubro-Negra, parceria que nos levou a tantas vitórias e glórias nos últimos anos. A sequência dessa verdadeira maratona, começa logo com a difícil partida contra o tradicional rival Brasília, já nessa quarta-feira, às 20 hs, no ginásio do Tijuca T.C.

Saudações rubro-negras,

Alexandre Póvoa

Vice-Presidente de Esportes Olímpicos

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