Flamengo apela para o chuveirinho e sente ausência de Everton.
Diego se lamentando durante partida do Flamengo – Foto: Divulgação |
GLOBO ESPORTE: Aquele Flamengo do toque de bola envolvente parece modificado. A boa característica do time em 2016, que trocava bons passes e ditava ritmo dos jogos, perdeu espaço recentemente. A equipe está previsível e pouco letal no ataque nos últimos confrontos nesta temporada. Após o empate sem gols e a eliminação da Taça Rio diante do Vasco, o Rubro-Negro tem até quarta-feira para se preparar e enfrentar o Atlético-PR pela fase de grupos da Libertadores. O GloboEsporte.com analisa pontos que merecem atenção:
Previsibilidade
O Flamengo virou um time previsível nas últimas partidas. Como observou o zagueiro Rodrigo, do Vasco, a equipe tem se limitado a insistir no jogo aéreo, o famoso chuveirinho na grande área. O meia carrega a bola, toca na ponta, e o lateral cruza buscando Guerrero e companhia. Faltam jogadas mais trabalhadas ou triangulações.
Uma prova de que o Flamengo precisa variar é que nos últimos quatro jogos, todos sem vitória, somente dois gols saíram em lances trabalhados. Contra o Vasco (2×2), em 26 de março, um saiu na bola parada, jogada que se repetiu contra os reservas do Fluminense (1×1), no fim de semana seguinte.
Lentidão na definição do último passe
Uma consequência da previsibilidade é a demora para resolver o que fazer perto do gol. Nessa indecisão de bola de um lado para o outro até encontrar os laterais, os pontas geralmente cortam para fora e permitem que a zaga adversária se recomponha.
Lances que fugiram a essa tônica de buscar os pontas se mostraram mais eficazes no segundo tempo. Guerrero, na zona central, encontrou Diego com bom passe por elevação. Depois foi Ronaldo quem infiltrou e deixou Diego com liberdade. O gol, mesmo assim, não saiu.
Diego recebe na área e bate forte de primeira, para boa defesa de Martín aos 43 do 2º
Substituto de Everton
Útil defensiva e ofensivamente, Everton é fundamental no esquema do Flamengo. Embora o classifiquem como jogador de lado de campo, função que Berrío, Gabriel, Marcelo Cirino e Cafu também executam, o camisa 22 sobressai. Do grupo, é o que melhor sabe aliar produtividade e velocidade. Nenhum substituto entrou de maneira tão eficaz.
Everton tem uma recuperação impressionante e se entende bem com os dois laterais. Dos “colegas de lado de campo”, ele é o único que já atuou na lateral esquerda. Por isso, não encontra dificuldades para marcar. O jogador se recupera de uma pancada sofrida há duas semanas e ainda é dúvida para quarta-feira.
Atenção nos erros à frente da defesa
Embora tenha feito gols em outros clássicos recentes contra Vasco e Fluminense, Willian Arão tem errado mais do que de costume. Neste sábado, deu dois contra-ataques perigosos para o adversário. No primeiro tempo, com a defesa rubro-negra desguarnecida, tentou driblar, e o vascaíno Douglas o desarmou.
Márcio Araújo, talvez o melhor do Flamengo neste Clássico dos Milhões, foi bem no combate a todo instante, porém também descuidou-se com passes simples. Quase complicou o time em alguns lances.