Zico detona preparação do Flamengo para o Mundial

Everton Ribeiro e Léo Pereira em Flamengo x Al Hilal, pelo Mundial 2023 – Foto: Divulgação

MUNDO RUBRO-NEGRO: Por Ivan Trindade

A derrota na semifinal do Mundial de Clubes da FIFA 2022 por 3 a 2 para o Al Hilal segue repercutindo. O maior ídolo da história do Flamengo se uniu ao coro dos descontentes quanto à forma que o clube tratou a competição. Zico falou sobre a eliminação em entrevista à ESPN.

Para o eterno camisa dez do Flamengo, não havia muito o que o técnico Vitor Pereira pudesse fazer, pois simplesmente não teve tempo para arrumar o time.

“Ninguém é mágico. Por mais que conheça o time, não houve parte de ninguém para preparar antes. Vamos jogar a competição mais importante do ano, que a torcida quer, que todo mundo quer”, começou.

Zico seguiu analisando a participação do Flamengo no Mundial de Clubes da FIFA 2022. O ídolo rubro-negro disse que a programação estava errada desde o início.

“Tinha gente do mundo inteiro que foi para o Marrocos, do Brasil inteiro, se deslocou na confiança. Mas eles não sabiam de como o Flamengo estava mal preparado”, declarou. “Acho que ninguém faz milagre em um mês de trabalho. Não teve uma preparação antes para que o novo treinador chegasse com algo pronto, ele teve que começar o trabalho ali. A forma como tudo aconteceu não deu certo”, completou.

Por fim, Zico comentou sobre as dificuldades que o Flamengo enfrenta, mesmo tendo saúde financeira:

“Hoje todo mundo conhece todo mundo. Vai todo mundo preparado. A preparação é fundamental, e o profissional. Tem que estar bem preparado para que o futebol renda. Não existe obrigação. Obrigação é correr e lutar. Se fizer isso, a possibilidade aumenta”.

A derrota no Marrocos adiou o sonho da torcida do Flamengo de comemorar o bicampeonato mundial. Com isso, a geração comandada por Zico, em 1981, segue sendo a única que conseguiu levar o Rubro-negro ao topo do futebol mundial. Com dois gols de Nunes e um de Adílio, o Mais Querido bateu o Liverpool por 3 a 0 em 13 de dezembro de 1981, no Estádio Nacional de Tóquio.