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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Começamos com o Pé Esquerdo.

Sou das antigas, do tempo em que o Flamengo atravessava campeonatos brasileiros inteiros sem ter um mísero pênalti marcado a seu favor.
15 de maio de 2016
Foto: Divulgação

REPÚBLICA PAZ E AMOR: Os padecimentos da resignada torcida do Flamengo parecem não ter mais fim. A falta de sensibilidade da elite dirigente rubro-negra é notória, só comparável à inadequação de Muricy ao cargo que ocupa em descarado desafio aos preceitos da meritocracia. Desde janeiro de 2013 que a sofrida rubronegrada vem suportando, com admirável estoicismo, as barbaridades contra nossas tradições cometidas em nome de uma suposta profissionalização da gestão do clube. Profissionalização esta que já afastou do nosso convívio nas arquibancadas os negros, os pobres e os desdentados, assim como os amados craques Ibson, Wellinton, Renato Abreu e quejandos.

A todas essas ignominias a torcida foi capaz de resistir, mas é arriscado afirmar que o flamenguista de bem, essa criatura ponderada, bem informada e preparada para a livre troca de ideias, que milita nos comentários de notícias, nas doutas discussões promovidas no Twitter e nos inúmeros fóruns de discussão na internet, estivesse preparado para a ultima patuscada do Flamengo. Onde é que já se viu o Flamengo começar o Brasileiro vencendo? Em que parte do estatuto, escritura sagrada sempre usada como álibi para justificar as destrambelhadas decisões da diretoria, está escrito que o Flamengo pode vencer seus jogos de estreia no Brasileiro? É por essas e por outras que o Flamengo sangra.

Entendam, para o verdadeiro rubro-negro a vitória e os míseros 3 pontos que a acompanham, são irrelevantes diante do quadro de dissolução das nossas tradições. Depois que o campeonato acaba ninguém mais lembra dos 3 pontos, são outra quimera que esfuma, como a brancura da espuma que se desmancha na areia. O que não dá pra esquecer é que o Flamengo está sem estádio, sem patrocínio na manga da camisa e, agora, sem Wallace. Como é possível que o Flamengo permita que um jogador decida, movido unicamente por seus interesses pessoais, se deve ou não deve jogar pelo Flamengo? A continuar nessa batida em breve só permitirão que joguem no Flamengo os jogadores que, não se ofendam – quiserem jogar no Flamengo!

Malgrado sua irrelevância, o jogo de sábado em Volta Redonda merece algumas observações. A anulação do legítimo gol do nosso genérico setentrional foi uma prova cabal de que o Flamengo está sendo beneficiado pelos lamentáveis árbitros escalados pela inidônea Comissão de Arbitragem da CBF. E se existe algo que fuja mais às nossas tradições do que esse benefício espúrio, por favor me apontem, pois eu não consigo me lembrar.

Sou das antigas, do tempo em que o Flamengo atravessava campeonatos brasileiros inteiros sem ter um mísero pênalti marcado a seu favor. Do tempo em que perdíamos jogos com gols roubados, expulsões injustas e gols lídimos anulados. Assim era o Flamengo que se tornou o Maior do Brasil. E não esse bando de jogadores com os salários em dia mais preocupado com a acumulação de pontos na tabela do que em fornecer motivos para a choradeira e a justa indignação de sua torcida.

A este grupo que hoje nos representa faltam a vivência, o conhecimento e o devido respeito às tradições rubro-negras. Já está na hora de que entendam, de uma vez por todas, que não queremos vitórias. Queremos raça e comprometimento. E, acima de tudo, queremos que o fornecimento de motivos para nossas criticas não seja interrompido. Vejam em situação ridícula nos encontramos, se o campeonato, por algum motivo, terminasse hoje, estaríamos automaticamente classificados para a Libertadores 2017! Reitero, o Flamengo sangra!

Esperamos que nos próximos 37 jogos o Flamengo possa estancar essa hemorragia que nos empalidece e voltar a percorrer o caminho pedregoso e estreito com que nos habituamos. Vitórias são uma coisa boa, mas apenas na hora certa. Agora é hora de criticar. Vamos respeitar as nossas tradições.

Mengão Sempre

Por Arthur Muhlenberg

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