Credores criticam possível patrocínio da Itapemirim ao Flamengo: “Não é ético”

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A Associação de Ex-funcionários e Credores do Grupo Itapemirim vem a público se manifestar acerca da reportagem ‘Flamengo negocia patrocínio com a Itapemirim’, veiculada no dia 25/03/2021, por esse reconhecido jornal.
O atual presidente do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva, mente. Em primeiro lugar, o faturamento do Grupo Itapemirim em 2020 foi de R$ 176 milhões (fonte: Relatório Mensal do Administrador Judicial do Grupo Itapemirim – 17/03/2021). Ou seja, valor muito inferior aos R$ 400 milhões informados.
A recuperação judicial do Grupo Itapemirim, ao contrário do que diz Piva, além de pagamentos em atraso, apresenta diversos pedidos de falência por inadimplência pedida por credores. A dívida atualizada em 2021 do Grupo Itapemirim é de R$ 255 milhões apenas com credores, e mais de R$ 2,2 bilhões em tributos, inclusive as rescisões e o FGTS dos ex-empregados do grupo.
São vários, também, exigência de destituição do atual presidente, investigado pela Receita Federal por, criminosamente, possuir quatro CPFs e nomes diferentes.
Não é eticamente nem juridicamente concebível que empresas com esse passivo possa cogitar patrocinar o futebol ou qualquer outra atividade, sem antes cumprir suas obrigações legais.
Que os diretores do Flamengo, instituição séria e conhecida em todo mundo, evite mais essa insegurança jurídica e financeira, tanto para o patrocinado, quanto para nós, ex-empregados, muitos com situação financeira agravada pela pandemia.
Paulo Marcos Adame
Presidente
Associação de Ex-funcionários e Credores do Grupo Itapemirim