Dentro da normalidade.

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BOTECO DO FLA: Começou bem cedo. Após um café da manhã saudável e equilibrado como o nosso ataque, composto por algumas fatias de pizza no Santos Dumont. Massa essa que já custou uns trocados por ali mesmo, e hoje parece ter aderido às Planilhas Excel Smurfianas, custando um absurdo qualquer.

O desembarque em Porto Alegre foi um pouco tardio, fato que nos levou, eu e meu filho, a não poder levar nossas mochilas até o muquifo com a melhor relação custo-benefício de toda a aprazível cidade. Na descida do táxi, estrategicamente estacionado a poucos centímetros do setor destinado aos rubro-negros, fomos pressionados por alguns gentis gremistas que queriam dar uma olhada dentro das nossas bagagens. Fiz cara de babaca, o que não é nada difícil pra mim, com expressão de que não estava entendendo o que falavam e… Pá… Passei da grade que hipoteticamente, bem no campo teórico mesmo, nos protege de qualquer barbárie ou Cenas Lamentáveis que possam ser objetivo dos anfitriões.

Daí a polícia local olha daqui, olha dali… E não posso ir pra arquibancada com o notebbok e nem com a filmadora, motivo esse pelo qual o vídeo prometido para a noite de hoje acabou virando esse texto. A saída era ir até o hotel, tendo que passar de volta pela tal grade protetora e travar mais alguns minutos de papo com a turma lá de fora, o que fatalmente acabaria em alguns hematomas, ou seguir a sugestão do policial de “Guarda naquelas vans ali. Não sei e não conheço, mas saiu um monte de rubro-negros de dentro”. O gentil motorista, Seu Coelho, condutor dos Urubus vindos de Lages, ficou meio desconfiado, ressabiado, mas acabou topando o favor. Na pressa esqueci de pegar não só o Manto Sagrado como, óbvio e nocivamente, o casaco (??!!), o que me levou a assistir à peleja apenas com uma blusa simples de malha. Muito agradável.

Começa o jogo e o Flamengo tem bom início, mesmo com muitos dos presentes tendo vomitado aos borbotões ao ver que Gabi-Não-Gol estava de volta ao time titular. E Saraújo também. De forma espirituosa, os rubro-negros presentes entoaram canções em homenagem aos 15 anos do tricolor gaúcho sem ganhar nada. Uma inovação só o cantarolar da tradicional valsa das debutantes, coisa jamais vista por mim em estádios de futebol. Se o Flamengo começou com vontade e o inevitável cartão amarelo para o Guerrero, sei lá o motivo, mas acontece com frequência, arrefeceu o ânimo na segunda etapa e deu espaço para os gaúchos.

E aqui temos outro problema. O elenco do Flamengo parece desconhecer que uma partida de futebol tem 90 minutos. Talvez seja o momento de chamar um psicólogo, um psiquiatra ou sei lá o que. O time toma um gol e parece que desliga. Aí… Lá pelo final do jogo decidiu jogar outra vez. Pressionou, pressionou… Mas já era tarde e a derrota por placar magro estava decretada. Nada muito grave. O troço é não perder em casa na quarta. Ainda que a falta de uma ou outra vitória fora acabe por nos levar ao eterno lugar nenhum conhecido por Meio de Tabela dos últimos anos.

Saída tranquila. De forma ousada, a Fla Mochila se misturou aos gremistas em direção ao metrô local. Tudo na mais perfeita normalidade.

Enquanto isso… No Reino da Gávea… Continuam as infindáveis reuniões que, por enquanto, não parecem levar a lugar algum. Tá parecendo o Partido Comunista. Reunião atrás de reunião e nunca que a tal Revolução sai. Enquanto se aguarda uma improvável volta do Muricy e a Fla Twitter faz uma campanha estrondosa por Sampaoli (assim que escreve?), boatos de que a diretoria busca um zagueiro que é reserva em um time que está na Série B. Daí que isso me preocupa um tanto quanto. Porque não adianta trazer o melhor churrasqueiro do mundo e entregar pro cara um quilo de acém pra assar. Vai acabar ficando ruim. Vamos observar.

Sorín