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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Derrota ‘comum’ e a falta do que sentir.

Depois do vexame da última quarta e dos sucessivos fracassos sem reação, fica difícil saber o que esperar do atual Flamengo.
23 de maio de 2016
Foto: Jeferson Guareze/Gazeta Press

ESPN FC: Por Marcos Almeida

Derrota para o Grêmio, em Porto Alegre. Corriqueiro na vida rubro-negra. Embora tenha sido no Olímpico nosso único Brasileiro conquistado fora de casa, foram apenas duas vitórias sobre eles no Rio Grande do Sul nos últimos 20 anos, a derradeira em 2004. Dessa vez, de novidade, só a escalação de Jayme de Almeida.

Trocamos o depressivo 4-3-3 pelo 4-2-3-1. Sheik saiu para a entrada de Gabriel e os “falsos 7 e 8” Mancuello e Willian Arão deram lugar a Márcio Araújo e Alan Patrick. Este o melhor do Fla no primeiro tempo. Único meia do elenco, chamou a bola e buscou criar jogadas – coisa que só ele vinha fazendo no time quando entrava já perto do fim. 45 minutos de um bom Flamengo. Em má fase e sem moral, jogamos de igual para igual em Porto Alegre, coisa que não costumamos fazer. A ideia de Gabriel e Éverton abertos, voltando para marcar, surtiu efeito.

Roger Machado sentiu e decidiu mexer na equipe. No intervalo, trocou o homem de área por um ponta. Deu certo. Os gaúchos massacraram nos primeiros 10 minutos do segundo tempo. Paulo Victor defendeu tudo o que pôde, menos o indefensável. 1×0 eles, placar administrado até o final.

Jayme sacou Éverton e Gabriel, entraram Marcelo Cirino e Ederson. A velocidade de Cirino era necessária, mas Ederson é de uma passividade atormentadora. Mancuello ou Arão, no papel de 3° volante, com Cirino formando a dupla de ataque com Guerrero, talvez fizesse o time criar mais. Mesmo com Alan Patrick tentando, segue desesperadora a dificuldade flamenga de arquitetar chances de gol.

Sob críticas da torcida, Paulo Victor foi um dos melhores, o que não deve aliviar a pressão sobre ele. Tá em débito. Alan Patrick provou, mais uma vez, que tem de ser titular. Rodinei manteve a regularidade, assim como Cuéllar, um monstro.

Do outro lado, Jorge está cada vez pior. Defende e apoia mal, complica o lance quase toda vez que vai à linha de fundo. Prestes a embarcar para a Copa América, Guerrero segue frustrando a Nação. Erra em lances importantes, perde muitas das poucas chances que temos e recebe um cartão por jogo. É inimaginável escalar o Flamengo de hoje sem ele, tão como passar uma partida sem ter raiva do peruano. Léo Duarte teve seu pior desempenho desde que assumiu a bucha. Não acompanhou Fred no gol e deixou os gaúchos em condição legal em diversas jogadas, principalmente no primeiro tempo. Ainda assim, melhor que Wallace.

Falando nisso, ao que tudo indica, o gol de empate do Mengo vai sair nos bastidores. O ex-capitão já está de malas prontas justamente para o Grêmio. Se não a todas as partes, bom à que interessa: a nossa.

Depois do vexame da última quarta e dos sucessivos fracassos sem reação, fica difícil saber o que esperar do atual Flamengo. O presidente prometeu mudanças no departamento de futebol. Mesmo presidente que, 2 anos atrás, viu como solução a dupla Ney Franco/Felipe Ximenes. O time melhorou em campo, perdeu mais uma vez. Derrota dentro do comum: para time grande, fora de casa. Fica a sensação de que não há o que sentir.

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