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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Estava errado, estava impedido.

Já o Flamengo foi para vencer e colocou seus melhores jogadores na esperança de que o jogo de volta pudesse ser anulado.
18 de março de 2016
Foto: Reprodução / Twitter

LINHA DE FUNDO: O Flamengo entrou em campo nesta quarta-feira (16) para estrear na Copa do Brasil. O que era pra ser um jogo simples teve tudo para seguir desse jeito, mas, novamente, o Mais Querido conseguiu complicar as coisas e deu a maravilhosa Nação de Aracaju um balde de água fria.

O Confiança é um adversário que poucos esperavam que iria dar trabalho. Além de não ser uma potência no estadual, o time tinha como objetivo simplesmente conseguir o jogo da volta. Eles foram preparados para isso, fechados na defesa, sem arriscar a marcação no ataque e poucas corridas que resultavam em chutes sem tanto perigo – isso quando a zaga permitia a ausência de emoção no lance. Eles ainda ficaram com um jogador a menos logo no início do primeiro tempo em um lance bem bizarro, mas pareceu que estava com um a mais.

Já o Flamengo foi para vencer e colocou seus melhores jogadores na esperança de que o jogo de volta pudesse ser anulado. Com o calendário lotado e sem um estádio fixo, o rubro-negro torce por qualquer chance de viajar menos e entrar menos em campo. Mas não deu. A equipe não só jogou mal, como sofreu para segurar o adversário e não conseguiu nem esboçar uma vitória. Foi péssimo, tudo foi muito ruim.

Está cada vez mais frequente dizer que Emerson Sheik não pode jogar por aqui. O elenco hoje não é formado por peças individuais, mas sim jogadores que precisam jogar juntos e agir coletivamente. Sheik não passa a bola, não chuta bem e tem uma arrogância que acaba contagiando o grupo. Não dá. Outro problema é o número de impedimentos que temos visto em todos os jogos e ontem foi algo absurdo. Entre marcações muito erradas ou corretas, o bandeirinha assinalou PELO MENOS DEZ. Não dá pra entender ou aceitar, até porque esse número é alto já faz um tempo.

Jogadores que antes eram peças importantes, como Jorge e Rodinei, hoje tem vacilado e muito, principalmente na marcação. O meio-campo não funciona, o ataque não consegue fazer gols e a defesa age em frequente desespero. A mesma coisa tem acontecido nas vitórias, mas a diferença é que o time acaba tendo sorte em algum momento e consegue finalizar certo.

Wallace diz que “não precisa mudar nada” para o jogo contra o Fluminense, mas como assim? O time perde para uma equipe que 30% do salário de Sheik paga, o plantel inteiro, que está lutando muito no estadual e com um estádio quase completamente rubro-negro, e não há nada para ser modificado? O que você vê de bom nisso tudo, capitão?

Pois é, o próximo desafio é clássico. Flamengo e Fluminense se enfrentam pelo Campeonato Carioca no Pacaembu, São Paulo, às 16h no domingo. O que será que Muricy está planejando dessa vez?

Nota importante: que show da Nação de Sergipe, que não só lotou o estádio e cantou os 90 minutos, como fez uma festa sensacional no aeroporto e no hotel. Treze anos depois, o Flamengo voltou a jogar em Aracaju e esperávamos algo melhor. Infelizmente a partida não compensou isso tudo, mas valeu pela felicidade de cada um. Simpatizantes? Só vejo apaixonados e fanáticos.

Mariana Sá || @imastargirl

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