Flamengo justifica veto a jornalista do UOL no Ninho: “Matéria mentirosa publicada”
MUNDO RUBRO-NEGRO: Por Matheus Celani
No dia 6 de março de 2023, o portal UOL divulgou matéria com acusações do engenheiro elétrico José Bezerra, contratado pelo Flamengo para laudo sobre incêndio no Ninho do Urubu. O engenheiro fez graves acusações contra Reinaldo Belotti, atual CEO do clube. O CEO foi acusado de adulterar cena da tragédia.
Primeiramente, o Flamengo emitiu nota oficial para rebater todas as acusações. Além disso, acusa Bezerra de estar tentando influenciar uma disputa judicial entre clube e engenheiro. As duas partes estão na Justiça por uma quebra de contrato em 2020.
Nesta quinta-feira (23), o Flamengo proibiu jornalistas do UOL de entrarem no Ninho do Urubu e comunicou que entrará com processo contra o veículo. Em nota oficial divulgada na noite desta quinta, o Fla reafirma que entrará com processo contra o portal.
O Mengão afirma que jornalistas do UOL não irão frequentar o CT “enquanto não houver a retratação e o reconhecimento de que a matéria foi infundada”. De acordo com o clube, houve pedido para retratação após a comprovação de erro na primeira matéria. Mas o UOL recusou-se. Sendo assim, o clube caminhou para resolver no âmbito judicial.
Confira o comunicado do Flamengo na íntegra:
O Clube de Regatas do Flamengo vem se posicionar sobre a sua negativa de permissão de entrada da equipe de cobertura diária do UOL no seu Centro de Treinamento.
Esta decisão se deve ao fato de que foi esta mesma equipe do UOL. Responsável pela cobertura diária do Flamengo, que produziu a matéria mentirosa e irresponsável. Sem base em nenhuma prova documental e divorciada de todos os elementos de prova constantes do processo criminal sobre o incêndio no Ninho.
Esta matéria foi publicada tendo como base unicamente afirmações colhidas de um sabido desafeto do Flamengo. Uma pessoa que está sendo processada pelo Flamengo em razão de já ter feito anteriormente outra denúncia mentirosa. Neste outro caso, quando foi criminalmente cobrado para mostrar qualquer prova sobre a denúncia, nada apresentou.
O UOL, ao comunicar o Flamengo sobre a reportagem que pretendia fazer, propositalmente, deixou de informar sobre pontos relevantes da acusação que viria a publicar, impedindo assim que o Clube pudesse rebater detalhadamente, e com provas, as mentiras sacadas contra ele.
Num segundo momento, quando a matéria foi publicada e o Flamengo conheceu o teor completo das acusações, o Clube pôde provar, por meio de diversos documentos, a total falsidade da matéria. Por esta razão, foi solicitada a retratação do UOL sobre a matéria mentirosa publicada. Para nossa total surpresa, isto foi negado pela empresa.
A imputação de fatos graves e criminosos ao Flamengo, após mais de 4 anos do incêndio no Ninho do Urubu, feita sem qualquer base documental e, ainda, com a recusa da retratação, em razão da extensa e comprovada refutação dos fatos, levou o Clube a processar criminalmente os responsáveis diretos pela matéria caluniosa. O processo criminal está em vias de ser ajuizado.
Da mesma forma, o processo cível está em fase final de redação e será ajuizado nos próximos dias contra o UOL e os responsáveis.
Diante disso, o Flamengo, enquanto não houver a retratação e o reconhecimento de que a matéria foi infundada, não irá admitir a entrada e a permanência em suas dependências de uma equipe de jornalismo que produziu matéria “fake”, atacando, de forma irresponsável, não somente a instituição Flamengo.
É importante destacar que a restrição descrita acima diz respeito tão somente à equipe de cobertura do dia a dia do Clube. Não sendo extensiva aos colunistas e cronistas que, sabidamente, não participaram das caluniosas alegações contra o Flamengo.
Por fim, registre-se que o Flamengo está aberto a qualquer crítica que seja feita pela imprensa contra o Clube e seus gestores. Elas, quando pertinentes, são salutares e podem ajudar a corrigir rumos. O que não se pode aceitar é vermos uma falsa, irresponsável e intempestiva imputação contra o Clube e seu CEO de uma grave conduta criminosa, como foi o caso da matéria.