"Flamengo que não perca tempo", diz K. Leite sobre Juninho.
Foto: Henry Milléo |
KLEBER LEITE: . Em primeiro lugar, deixar claro que, conforme dei a entender no post de ontem, quando afirmei que havia apurado o interesse do Flamengo no zagueiro Juninho em “uma linha cruzada”, fiquei sabendo por meio de um papo rotineiro e amigo com uma figura carimbada, dirigente de um grande clube do Paraná. É verdade! A notícia foi apurada lá, e não aqui, e curiosamente junto a um dirigente que não é do Coritiba. O resumo da opera é que o mundo é pequeno e no futebol, segredo, é utopia…
Portanto, que alguns dirigentes do Flamengo não percam tempo como detetives atrás de quem tenha vazado a notícia. Ela veio do frio…
. Algumas injustiças foram cometidas nos comentários. Todos sabem o quanto respeito todas as opiniões, mas este não é o caso de opinião, e sim, de conclusão baseada em fatos não verdadeiros.
Para começar, deixar bem claro que não foi o treinador Ney Franco quem indicou Juninho ao Flamengo. Talvez na pressa, ao ler a matéria alguém concluiu isso. Quando soube que Ney Franco havia lançado Juninho no time principal do Coritiba, procurei e encontrei Ney Franco para saber a opinião dele sobre o jogador. O Flamengo descobriu Juninho percorrendo outro caminho. Está claro?
A injustiça ficou por conta de críticas ao treinador Ney Franco pelo fato de ter ele levado para o Flamengo os jogadores do Ipatinga. Isto não é verdade.
Em 2006, com o Flamengo em situação financeira desesperadora e, com pouquíssimos jogadores vinculados ao clube, na condição de vice-presidente de futebol, tive que apelar para meu querido amigo Zezé Perrella me ajudar no contato com o presidente do Ipatinga, Itair Machado.
O Ipatinga, em dois anos, havia sido campeão e vice-campeão mineiro, e a intenção era pegar a base deste time para o Flamengo, que estava com o elenco reduzidíssimo. Eu e o professor Isaias Tinoco fomos, sem que ninguém soubesse, ver vários jogos do Ipatinga pelo campeonato mineiro. E, nem preciso dizer que a missão era levar meio time deles sem ter um único centavo para gastar.
Em síntese, Zezé me ajudou e acabei ficando amigo de Itair Machado. Sem custo algum, levamos cinco ou seis jogadores que, uns mais, outros menos, ajudaram num momento muito difícil. A partir daí, foi sendo construído o elenco que acabou conquistando a Copa do Brasil, três campeonatos estaduais consecutivos e o Campeonato Brasileiro de 2009.
Com relação a quem não considere Ney Franco um bom treinador, respeito, porém não concordo. Sei que a última passagem de Ney pelo Flamengo não foi feliz. Isto é fato. A minha avaliação sobre ele, que é boa, diz respeito ao conjunto da obra, ou seja, no Flamengo, em outros clubes e na seleção brasileira sub-20.
. Para os amigos do blog que criticaram os dirigentes do Flamengo, que ao invés de promoverem Léo Duarte partiram para a contratação de Juninho, três detalhes: primeiro, Juninho é TITULAR há quase dois anos do time principal do Coritiba. Em segundo lugar, Juninho é canhoto e joga na zaga pelo lado esquerdo e, por último, o Flamengo só tem para a zaga três jogadores – posição em que mais se toma cartão.
Ao contrário de muita gente, muito mais me anima a contratação de um jogador talentoso com apenas 21 anos, do que ficar procurando petróleo em poço que já está seco há muito tempo.