Gilmar Ferreira culpa crise no Flamengo por racha político.
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GILMAR FERREIRA: Impossível analisar a derrota do Flamengo para o Fortaleza, em Volta Redonda, como um caso isolado, um simples tropeço.
Simplesmente porque não foi isso.
O momento é consequência do desmembramento do grupo político que assumiu o clube em 2013 com ideias inovadoras de gestão, mas que não conseguiu a regularidade esperada no futebol.
A saída do triunvirato formado por Vallim Vasconcellos, Luiz Eduardo Bapista, o BAP, e Rodrigo Tostes, executivos que davam suporte ao presidente Bandeira de Mello, quebrou a identidade do grupo.
Hoje, o Flamengo ainda paga a conta por ter disputado as 16 partidas do Estadual com o time principal depois de planejar o semestre sem o desgaste da competição.
CRISE.
Pressionado nos bastidores por duas diferentes correntes políticas, o presidente Bandeira de Mello vem sendo cobrado por mudanças no departamento de futebol.
Um lado critica a falta de pulso na administração da pasta entregue ao vice Flavio Godinho, outro questiona o modelo de gestão, defendendo o retorno de Marcos Braz à vice-presidência e a extinção do cargo de executivo.
Com a política em efervescência, surgem as versões que explicariam a má fase do time que em cinco meses tropeçou e foi eliminado das três competições que disputou por adversários das Séries A, B, C e D.
E uma destas versões dá conta de que alguns jogadores já não estariam tão fechados com Muricy Ramalho.
Afastado por uma arretimia, o técnico não é mais a unanimidade de antes.
Ou seja: o tempo médio dos treinadores do Flamengo na gestão Bandeira de Mello é de cinco meses.
Muricy Ramalho tende a honrar esta média…