“Hoje, o Flamengo participa de negociações sem apresentar garantias bancárias”, destaca advogado

Marcos Motta – Foto: Reprodução

MUNDO RUBRO-NEGRO: Por Ivan Trindade

O Conselho de Administração do Flamengo realizou nessa quinta-feira (19) uma palestra sobre as Sociedades Anônimas do Futebol (SAF). O evento aconteceu na sede do clube, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. O principal palestrante foi o advogado Marcos Motta, especialista no assunto.

Com um currículo extenso, que inclui o cargo de professor no Real Madrid, FIFA, CBF, La Liga, mas também o Barcelona, Marcos Motta falou sobre os desafios, os benefícios, mas também os perigos desse novo regime de organização dos clubes de futebol. O objetivo do evento foi justamente desmistificar o assunto SAF.

Logo na abertura da sua fala, Marcos Motta fez um elogio ao Flamengo:

“Sempre uso o Flamengo como exemplo, como carro-chefe. Hoje, o Flamengo já quebrou aquela barreira do futebol mundial e faz parte desse ‘círculo de ouro’. Está sempre nas pautas das negociações e como alvo de jogadores, de empresários e de clubes internacionais. Hoje, o Flamengo participa de negociações sem apresentar, por exemplo, garantias bancárias”, salientou.

“A própria assinatura de um presidente de um clube, como o Flamengo, já é a garantia necessária para um bom negócio. Isso é uma mudança de um paradigma muito grande considerando tudo que o Flamengo atravessou na sua história para chegar onde está hoje”, completou.



Perguntado pelo presidente do Conselho de Administração do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, se o clube deveria pensar em virar uma SAF, Marcos Motta foi franco:

“Olha, hoje o investidor externo gosta de investir em uma SAF, mas também pode-se criar um veículo de negócio que dê proteção. O Barcelona não é uma SAF, mas criou um veículo de negócio seguro que permitiu que os investidores ficassem atraídos pior explorar as marcas do clube e outros ativos. O Flamengo, pela posição que ele se encontra hoje, tem muita condição de pensar na melhor opção que não seja uma imposição como outros clubes tiveram que aceitar”, disse.