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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Mauro pede saída de Muricy do Flamengo e cobra Bandeira.

O elenco rubro-negro era bem mais fraco em 2013, mas antes de abandonar o clube, Mano Manezes estruturou o time minimamente.
19 de maio de 2016
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

MAURO CEZAR PEREIRA: Não deu certo. A tentativa do Flamengo com Muricy Ramalho em suposta nova fase, “reciclado”, comprovadamente é um retumbante fracasso. Pelo mau futebol jogado, pela inexistência de perspectivas, de sinais mínimos de que o time possa progredir, pelas três derrotas enfrentando adversários da terceira divisão (Confiança e Fortaleza, duas vezes, além do Volta Redonda, da quarta, a Série D), pelas três eliminações em menos de quatro meses de temporada.

Muricy não se reciclou, apenas tenta fazer algo diferente. Não consegue. Até seu problema de saúde é antigo, o mesmo dos tempos de São Paulo. E, fragilizado, evidentemente será mais difícil para ele fazer a enorme força exigida pelo momento. Obviamente desejamos que se restabeleça e fique bem, por isso mesmo sua saída do futebol neste momento só traria vantagens. E segurança. É a única coisa sensata a fazer.

Pagador de dividas e exemplar na gestão econômico-administrativa, o comando do clube mais popular do pais demonstra insistentemente falta de aptidão inversamente proporcional quando o assunto é o futebol. E até quando o reeleito Eduardo Bandeira de Mello continuará disparando frases feitas e dando respostas protocolares em meio a fiascos e mais fiascos? Será capaz de tomar alguma providência efetiva?

Por mais que o técnico não se mostre capacitado, hoje, para transformar aquele grupo de jogadores num time de futebol, existem atletas que não rendem o esperado, e quem está lá dentro, no dia-a-dia, tem por obrigação detectar. Wallace, o “Cristo” escolhido por parte da torcida para levar a culpa por tudo, já deixou a equipe, que segue jogando mal e colecionando vexames em 2016.

As malas do presidente rubro-negro já devem estar prontas, afinal, viagem de até um mês aos Estados Unidos está programada para o chefe da delegação cebeefiana durante a Copa América. Vai deixar a bomba nas mãos do vice de futebol, Flávio Godinho, e do diretor executivo, Rodrigo Caetano. Aos dois cabe a missão de encontrar um treinador capaz de limpar a área e fazer do elenco um time. Isso se Muricy não prosseguir.

Na merecida derrota para o Fortaleza no Castelão já estava claro o sinal de que grandes problemas na partida de volta existiriam. Alegar que foi mal porque Muricy esteve internado seria zombar da inteligência alheia. O time é treinador por ele, escalado por ele, e um dia a mais ou a menos de treinamentos não alteraria o resultado final, a (falta de) qualidade do futebol apresentado há meses.

O elenco rubro-negro era bem mais fraco em 2013, mas antes de abandonar o clube, Mano Manezes estruturou o time minimamente, a ponto de crescer nas mãos de Jayme de Almeida e ganhar a Copa do Brasil. Agora, com maiores investimentos e mais qualidade o resultado é muito inferior, mesmo com o Centro de Treinamentos que não existia há cerca de três anos. O estoque de desculpas, como as viagens, já acabou.

A hora exige coragem para mostrar a Muricy que não deu certo e o melhor a fazer é cuidar da saúde – algo que me parece tão evidente que causa estranheza ser tema de discussão. Coragem para tirar do elenco quem mais atrapalha do que ajuda. E conhecimento para encontrar um técnico capaz de fazer do atual bando que entra em campo vestindo preto e vermelho um time.

Em Belo Horizonte, o presidente do Atlético dá o tom de que a mudança de treinador passa por sua cabeça – clique aqui e leia. Para Daniel Nepomuceno, os resultados são incompatíveis e os jogadores menos culpados por terem se empenhado na peleja da elimiação diante do São Paulo. Fica evidente, Diego Aguirre pode rodar.

Óbvio que o desempenho do Galo poderia ser melhor, mas não é apenas por causa do uruguaio que ficou pelo caminho na Copa Libertadores e perdeu o título mineiro para o América na decisão. Robinho, a badalada contratação da temporada, praticamente não entrou em campo nos dois jogos diante dos são-paulinos. E até aqui fez meros brilharecos em compromissos menores pelo estadual, como contra o Tombense.

Rafael Carioca e Júnior Urso, titulares, também não participaram da vitória que não bastou na quarta-feira. Ambos estavam suspensos. Já Dátolo, quase sempre contundido, só conseguiu jogar cinco minutos na elimimação, enquanto Cazares ficou fora em alguns momentos sem uma explicação mais convincente até hoje. Quanto a Pratto, parece ter esgotado o estoque de gol decisivo contra o Racing.

O elenco foi superestimado. Após uma traumática eliminação, vencendo e ficando fora do torneio, é preciso calma. Jogar para a arquibancada não vale a pena. Aguirre é bom treinador, já mostrou isso, e pode estruturar o Atlético para brigar pelo título brasileiro que não levanta desde 1971. Para tal precisa alcançar a eficiência defensiva que não existia com Levir Culpi. Mas, claro, também tem que assumir sua parcela de responsabilidade. Como os cartolas e os jogadores. Empenho nem sempre basta.

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