Nojento! Botafogo aprova mudanças na CBF e poder a Federação.
Deputado Rodrigo Maia e Carlos Eduardo Pereira, Presidente do Botafogo – Foto: Flávio Soares/Câmara dos Deputados |
ESPN: A CBF age nos bastidores para conter a revolta dos clubes após assembleia recente em que aumentou o poder das federações estaduais e deu a elas maior peso em suas votações: 81 contra 60 dos representantes das Séries A e B.
A entidade fez reunião com os presidentes do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, e do Sport, Arnaldo Barros, em sua sede, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira. Participaram do encontro o seu mandatário, Marco Polo Del Nero, o secretário-geral Walter Feldman, o diretor executivo Rogério Caboclo e o diretor de coordenação Reinaldo Carneiro Bastos, que também chefia a federação paulista.
Em pauta, a mudança no estatuto da confederação realizada sem aviso aos cartolas e no mesmo dia em que a seleção enfrentou o Uruguai, em Montevidéu, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo.
A maioria interpretou a alteração como um ‘golpe’ nos times.
Com ela, o voto de uma federação mais modesta, como a do Amapá, valerá 50% a mais do que o de grandes como Flamengo e Corinthians e 200% mais do que um time da Série B.
Além disso, permitiu Del Nero no poder até 2027.
O Sport sinalizou até mesmo em entrar na Justiça para reveter a decisão e acredita que, por isso, foi chamado para conversar.
“Eu fui para a reunião na CBF convidado pelo Marco Polo para discutir vários aspectos da CBF, o seu pensamento, o novo estatuto e uma explicação do que houve. Basicamente, um diálogo sobre tudo”, explica Arnaldo Barros, do rubro-negro pernambucano, ao ESPN.com.br.
“Confio que fui chamado porque tomamos uma posição muito crítica em relação a essa alteração e aí fomos convocados para explicar, ouvir e relatar o que entendíamos”, completa.
Outros cartolas de Grêmio e Santos, por exemplo, se colocaram ao seu lado sobre a controvérsia.
Não é o mesmo posicionamento do Botafogo, também presente.
“Participei da conversa com o presidente (Marco Polo Del Nero), mas não estava representando ninguém. Foi um diálogo normal que a gente tem com a CBF, nada diferente. A minha visita foi de cortesia como faço com razoável frequência ao Marco Polo”, afirma Carlos Eduardo Pereira, do Glorioso.
“Acho que foi um avanço o aspecto de que os clubes agora vão poder votar. Existe a pendência da questão do peso, mas acho que tudo tem que ser colocado em prática para que se possa analisar os resultados em médio prazo”, finaliza.
O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que foi relator da Lei do Profut, entrou com ação contra a mudança do estatuto.
Procurado pela reportagem, o secretário da CBF, Walter Feldman, não respondeu até a publicação da matéria.