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quarta-feira, 23 outubro, 2024

O Rigor.

E então dificilmente atinge o emocional dos jogadores. E isto é um problema. Pois o futebol do Flamengo precisa acender. Precisa de um estalo.
12 de maio de 2016
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

BUTECO DO FLAMENGO:

Rigor

Fazer coisas com rigor exige esforço, mas nem tudo que você coloca esforço é feito com rigor.

Rigor é foco no processo. Prestar atenção a não apenas como você faz as coisas, mas porque. Rigor nos obriga a nunca usar uma emergência como desculpa. É um processo para o longo prazo, o trabalho de um profissional. 

Um padeiro amador deixa a cozinha revestida de farinha, e algumas vezes, talvez, termina com um grande pedaço de pão.

Um padeiro profissional pode não parecer tão perturbado, tão incomodado ou mesmo ocupado. Mas o pão, o resultado deste processo consciente, vale a pena comprar, todo dia.

Sabemos que você está trabalhando duro.O próximo passo é fazer isto com rigor.

Flamengo está trabalhando duro. Nota-se os reforços contratados,  CT em construção, Nova equipagem, nova comissão técnica, contratação da Exos, jogadores usando GPS nos treinamentos e jogos, logística complicada de muitas viagens, sondagens de novos jogadores, etc. Há, como dito diversas vezes, uma preocupação maior este ano de fazer diferente para colher bom resultado. Muita coisa, portanto, foi planejada e executada na pré-temporada, a cozinha está toda revestida de farinha, mas não sai o produto que se espera.

Evidentemente estamos na véspera da competição que importa, mas os elementos que justificam e explicam o baixo rendimento, estão todos presentes: Jogadores sem alma, escalação tática temerária para o perfil dos jogadores existentes, qualificação técnica sofrível de alguns, falta de oportunidades aparentes para outros, particularmente os da base. A formação de um time exige um identificador que os une, algo que gere uma pulsão que agregue o grupo em um objetivo, motivadores que façam o grupo se ver como tal, formando uma IDENTIDADE, que é a mola mestra de times vencedores. Um corre pelo outro, salva, bronqueia, instiga, cobra. Não temos isto no Flamengo. Há um elenco de burocratas em campos. Setores estanques. Alguma coisa não deu liga. Pode ser por problemas emocionais de determinados jogadores, pode ser também a AUSÊNCIA de algum gerente de campo no vestiário que puxe pelos jogadores, que os lembrem seguidamente do compromisso que um tem com outro. Rodrigo Caetano, em que pese seu talento de trader, ao menos em relação ao Grêmio, parece não possuir este perfil de liderança. Jogadores não correm por ele. Técnico vem, técnico sai, e jogadores também não correm por eles. E na cultura do boleiro brasileiro se cobrar muito a corda estoura.  Há sempre “justificativas” para a falta do rigor profissional.

Precisa de sopro de conjunto, sopro de alma, algo na relação Diretor Executivo + Comissão Técnca + Jogadores está faltando. O Dirigente Amador fica pairando e tentando decidir coisas as quais não tem experiência alguma. Como é um estranho no mundinho, deve se sentir tolhido e olhado com desconfiança. No tempo da grana curta o dirigente assumia uma figura mais poderosa. Hoje com agentes, Justiça Trabalhista em cima e contratos altos, passa a ser apenas (mais um) empregador.  E então dificilmente atinge o emocional dos jogadores. E isto é um problema. Pois o futebol do Flamengo precisa acender. Precisa de um estalo. E meu estalo seria na figura de um ex-jogador com liderança e responsabilidade para fazer esta ponte entre o time e direção, sendo aquela pessoa de confiança de ambas as partes. Cativando, entendendo e motivando a equipe e a ajudando a se tornar, enfim, um time.

Flavio H Souza

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