Gilmar Ferreira analisa resultados da 4ª Rodada.
Foto: Thiago Calil / PhotoPress / Ag. O Globo |
GILMAR FERREIRA: As expulsões de Paulo Bento e Givanildo, de Cruzeiro e América-MG, respectivamente, no jogo de sábado, no Mineirão, reabrem a discussão sobre comportamento dos treinadores à beira do campo.
Não custa lembrar que há duas rodadas, Gilson Kleina (Coritiba), Paulo Autuori (Atlético-PR) e Cuca (Palmeiras) já haviam recebido o cartão vermelho.
Em resumo: a Série A tem quatro rodadas e cinco punidos.
É como se a cada dez jogos, um treinador tivesse de deixar o campo por postura inadequada…
FLUMINENSE 1 x 0 BOTAFOGO.
Ficou a impressão de que Levir Culpi ainda precisa da chegada de um meia mais rodado para aliviar a pressão sobre Gustavo Scarpa.
Porque não dá para exigir que Cícero seja, ao mesmo tempo, o arco e a flexa _ volante, armador e finalizador.
Com Edson e Pierre (ou Douglas), Scarpa e mais um, Cícero e Fred, o time se acomoda melhor.
E com opções: Richarlisson, Osvaldo, Marco Júnior, Magno Alves.
O Fluminense venceu pela aplicação e pelo talento de Fred, que não desperdiçou a melhor chance que teve. Ricardo Gomes entrou com um meio-campo bem alterado e o Botafogo teve dificuldades para jogar.
Na maior parte do tempo, correu atrás do adversário.
E o empate seria um prêmio, se Emerson Silva e Bruno não falhassem uma saída de bola pelo meio.
E com Fred em tarde animadora.
PONTE PRETA 1 x 2 FLAMENGO.
Se o time que Jayme de Almeida tivesse segurado o empate contra o Grêmio na segunda rodada, no Sul, o Flamengo estaria rigorosamente na média projetada para quem almeja estar na parte de cima da tabela.
A vitória em Campinas foi fruto da estratégia construída para este jogo.
E é assim, no jogo a jogo, que se caminha.
O elenco rubro-negro está na média dos demais e pode, portanto, fazer uma boa campanha na Série A.
VASCO 4 x 3 BAHIA.
O mais importante na vitória do último sábado foi a melhora substancial das jogadas laterais, fundamental para o aproveitamento de Thales.
E credite-se isso a boa atuação de Pikachu, atuando na vaga de Madson, na direita.
O time não sofria três gols num jogo desde a derrota (3 a 0) para o São Paulo, em setembro do ano passado, pela Copa do Brasil.
Fruto, provavelmente, da diferença que separa o novato Jordi do inquestionável Martin Silva.