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quarta-feira, 23 outubro, 2024

O Flamengo de ontem, hoje e amanhã.

O técnico escolhido para ser campeão agora vai embora e o mais cotado para sua vaga é o caro Abel Braga, que não convence desde 2012.
26 de maio de 2016
Foto: Divulgação

ESPN FC: Por Marcos Almeida

Primeiramente, passemos a limpo a arbitragem do empate com a Chapecoense. Não foi pênalti de Juan. No replay a gente vê que não foi mesmo, sequer encostou. Na hora, pareceu bastante que houve a falta, ao menos para quem assistia pela TV. Também para o juizão, que encerrou o ato mostrando cartão amarelo. Na era multicâmeras, com superslow e o escambau, acaba ficando muito feio para o árbitro apontar a cal num lance sem contato físico. Também não era para o Éverton ter sido expulso, amarelinho ali ia bem demais. Resultado: pênalti para o Fla na única – ou última – oportunidade que Diego Almeida Real teve de dar um pênalti para o Fla. Talvez o maior apito de compensação da história do futebol brasileiro no século XXI.

Como Bruno, Paulo Victor vai mal em cobranças de falta, sai sempre atrasado. Dessa vez, teve “sorte”, era indefensável. Não é o goleiro ideal, mas parece estar sentindo a situação do clube. Tem dado a cara a tapa e, em campo, vem fazendo defesas importantes. Salvou-nos da derrota em Volta Redonda.

Éverton fez jogo razoável, Alan Patrick segue o melhor do time. Rodinei abaixo do que tem jogado – ainda um dos mais esforçados ; Márcio Araújo, Felipe Vizeu e Emerson Sheik dentro do esperado (não que isso seja bom). Ederson idem (definitivamente não é bom), mais um peso morto vestindo a 10 do Mengo.

Juan saiu machucado, torçamos para que não tenha sido grave. Rafael Dumas passou zero confiança e Léo Duarte tem um quê de David Luiz que preocupa. Quase nos complicou em uma subida atabalhoada, como no 2° gol do Corinthians na decisão da Copinha, como no lance que – no final das contas – resultou no gol da vitória sobre o Sport. E acabou o leque de zagueiros do superelenco rubro-negro. O mais provável é que a diretoria saia atirando para todos os lados. Rezemos para que quem venha faça jus ao Manto Sagrado.

Jorge deve estar com algum problema psicológico. Sei que isso é sério e não falo brincando. É impressionante o quão depressivo tem sido o jogo dele. Opaco, sem gana. Parte para cima do marcador e cruza torcendo para que dê certo, mas praticamente desacreditando no acerto. Willian Arão e Marcelo Cirino fizeram partida não tão extrema, mas semelhante. O camisa 7, aliás, foi o pior em campo. Em lançamentos, dribles e chutes, parece que a preocupação dos 3 é “não errar por muito”. Nenhum vai para a jogada pensando “vou botar a bola ali, vai dar liga, e marcaremos o gol”. Não ter confiança é comum em má fase, duro é não ter ambição. Cruzar por cruzar, esperando um sucesso incalculado, sem ter a intenção de achar alguém específico na área, é coisa para a parte final do segundo tempo, não para os 90 minutos inteiros.

Jayme de Almeida é Flamengo de corpo e alma, o que, hoje, não basta para um treinador. Com a diferença de ter um meia de ofício (Alan Patrick), armou o time à la Muricy. Mais uma vez, demorou a mexer; de novo, insistiu no Ederson. O pior, com Mancuello no banco. Dava, tranquilamente, para ter montado um 4-4-2 com ele. Vale lembrar que o argentino é volante. Foi contratado como tal, visto que assim jogava no Independiente. Já se foi meio ano e Mancuello não fez uma partida sequer como volante, desde que chegou à Gávea. Talvez isso explique o momento ruim do gringo. Lembra do Aránguiz, do Inter? Mancuello tem de jogar como ele, só que pela esquerda.

“Flamengo é time de bagunça”

Assim foi a definição mais leve do anônimo torcedor rubro-negro, cujo áudio viralizou no Whatsapp. Convenhamos: Se o Flamengo não for, tem sido – dentro e fora das quatro linhas.

O problema de saúde de Muricy Ramalho nada tem a ver com isso, mas a bagunça começou em sua contratação. Serviu de cabo eleitoral de Eduardo Bandeira de Mello para o tão aguardado 2016 , projetado pela diretoria – na primeira gestão – como o ano da reviravolta, o ano do título brasileiro e/ou da América.

Infelizmente, não deve ser assim. Vitórias homéricas sobre Resendes e Tigres do Brasil fizeram a cúpula flamenga acreditar que um bom trabalho estava sendo realizado, mesmo após termos sido eliminados da Primeira Liga e obrigados a torcer contra a potência Volta Redonda para avançarmos ao mata-mata do estadual.

Foi necessário o maior vexame rubro-negro da história da Copa do Brasil para entenderem que algo estava errado na Gávea. Quarta-feira já é junho e o Flamengo ainda não tem um time para a temporada.

O clube conta com 712 atacantes medianos, velozes, que atuam pelas pontas e somente 2 “homens-gol”, se deu ao luxo de vender o bom centroavante reserva, que hoje poderia muito bem ser titular. No elenco, apenas 1 meia e 3 zagueiros, sendo 2 com idade olímpica e o outro beirando os 40 anos.

O técnico escolhido para ser campeão agora vai embora e o mais cotado para sua vaga é o caro Abel Braga, que não convence desde 2012. Sinceramente, se for pra trazer “medalhão paizão”, que apostem em Joel Santana. Custa menos e é tão capaz quanto de fazer os bons jogadores renderem melhor (apesar dos pesares, temos Mancuello, Guerrero…). Mais do que qualquer treinador, sabe tirar um time da crise e, ainda por cima, tem uma pendência a ser tratada com a Nação. A derrota para o América do México doeu demais (ainda dói). Joel é ciente disso e também sente. Quem sabe a vontade de superar o trauma não o faça alçar voos jamais atingidos com a prancheta rubro-negra? Além de tudo, Abel Braga tem contrato no mundo árabe até julho e fez um acordo verbal para assumir o campeão da Série C-99, caso Celso Barros seja eleito presidente por lá, no final do ano.

Longe dos holofotes flamengos passa Milton Mendes. Demitido injustamente após boa campanha à frente do Atlético-PR, hoje é líder do Brasileiro com o Santa Cruz, dono de duas goleadas no campeonato e campeão de tudo o que disputou em 2016. Diante do cenário atual de treinadores, vale – e muito – a investida. Aliás, poderia estar no comando do Mengo desde janeiro, mas a aposta em Milton Mendes não ganharia votos na eleição presidencial. Ai se o que importasse fosse um Flamengo forte e vencedor…

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