Olivinha conta como era a realidade do basquete Rubro-Negro: “Eu cheguei a ficar cinco meses sem receber salário”
PAULO COSTA: Quem vê o basquete do Flamengo com um elenco estrelado, ótima estrutura e destaque no cenário mundial, não imagina o perrengue que os jogadores passavam antigamente.
Você precisa saber
- Olivinha conta a realidade do basquete Rubro-Negro antigamente
- Deus da Raça já conquistou todos os títulos possíveis pelo clube
- Ala-pivô já enfrentou dificuldades com a modalidade no passado
Durante muitos anos, o principal esporte do clube, o futebol, sofreu com a falta de estrutura. Se o carro-chefe do Flamengo não tinha boas condições, imagina a situação dos outros esportes.
Em entrevista ao programa Charla Podcast, o ala-pivô Olivinha, ídolo do Flabasquete, contou como era a realidade do esporte Rubro-Negro nos tempos passados. O jogador afirmou que era normal conviver com salário atrasado e revelou que as coisas mudaram com Eduardo Bandeira de Mello na presidência.
“A gestão do Bandeira, o principal era pagamento de salário. Eu cheguei em 1998 e cheguei a ficar cinco meses de salário atrasado no Flamengo, é brabo, ainda mais um jogador de basquete, que não tem comparação nenhuma com jogador de futebol, zero comparação. Quando o Bandeira chegou, eles marcaram uma reunião com a gente e falou que iriam colocar ordem na casa, que o início seria mais complicado, mas que iriam trabalhar para fazer o basquete ser cada vez melhor”, disse Olivinha.
“Nos primeiros meses talvez tenha atrasado um mês, mas, depois, acabou. Nunca mais. Isso te dá uma segurança absurda. Quem não conhece o Flamengo, já vinha com o pé atrás, era a velha história do mês de 90 dias. Hoje, com 30 dias o pagamento esta ali. Isso faz com que a credibilidade do clube aumente cada vez mais. Hoje em dia, todo mundo quer vir jogar no Flamengo, no basquete é assim. A gestão do Bandeira que deu o pontapé inicial pro clube alcançar esse nível de hoje.”
Basquete autossuficiente
Campeão de tudo e uma lenda do Orgulho da Nação, Olivinha afirma também que o esporte se tornou autossuficiente dentro do clube, que não depende mais de recursos do futebol, como era em outras épocas.
“Uma das melhores coisas que aconteceu. Hoje, o basquete é autossuficiente, não depende em nada do futebol. Antigamente, a gente dependia do futebol. Aí o salário atrasava, tinha que contar com a venda de algum jogador pra sobrar um dinheirinho e poder pagar o basquete. Hoje em dia já não é mais assim, a gente tem patrocínio próprio, já consegue caminhar com as próprias pernas”, conta o jogador.
Dream team treinou na Gávea
Como prova da grandeza e da melhora de estrutura do clube, o time de basquete dos Estados Unidos treinou na Gávea durante a preparação para as Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Academia top de linha
Por fim, o Deus da Raça falou sobre a academia que o Flamengo disponibiliza dentro da Gávea para os jogadores de basquete.
“No ginásio de basquete, a gente tem uma academia que é de primeiro mundo para todos os atletas, não deve nada a nenhuma outra academia de qualquer lugar do país, a gente tem todos os equipamentos lá. Então, a estrutura que o Flamengo tá oferecendo pra gente é perfeita”, finalizou.