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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Tabu é pros fracos.

Como se sabe, o crente torcedor do Flamengo só conhece dois estados d’alma: o Rumo ao Hepta! ou o Esse Nós Cai!
29 de maio de 2016
Foto: Divulgação

REPÚBLICA PAZ E AMOR: O torcedor do Flamengo é, antes de tudo, um crente. O torcedor do Flamengo acredita no peso do Manto, na mística da torcida e no Programa Sócio-Torcedor. E o torcedor do Flamengo sustenta suas crenças, não importa o que aconteça. O crente que vive dentro de cada torcedor do Flamengo é atento, e percebe as mínimas manifestações da magia rubro-negra. Porque sabe que elas não aparecem toda hora e nunca, nunca aparecem de graça.

O torcedor do Flamengo, crente que está abafando, se liga em escritas, tabus, feitiços e quebrantos. E quando o cara é torcedor de raiz mesmo nem precisa consultar seus apontamentos para perceber que a estreia do novo treinador Zé Ricardo, egresso da nossa vencedora molecada sub-20, guardava extraordinárias similaridades com a estreia de Andrade no comando do time em 2009.

Repassemos os pontos: Andrade estreou, como interino, dirigindo o Flamengo contra o Santos na Vila Belmiro. Enfrentando um tabu de 33 anos sem vitórias do Flamengo naquele estádio. O Flamengo começou perdendo, mas conseguiu a virada com um gol contra de Pará e outro de Adriano Impera. Zé Ricardo estreou na direção contra a Ponte, que mantinha um tabu de não perder pro Flamengo no Moisés Lucarelli que já durava 17 anos. E todo mundo viu que o Flamengo começou perdendo, mas conseguiu a virada com um gol contra de um seilaquenzinho e um golaço de antologia assinado por Jorge. Como dizia Sancho Panza: Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.

Não que o Zé Ricardo tenha adquirido alguma espécie de invulnerabilidade. Nada disso. A boa estreia tem prazo de validade curtíssimo e na próxima vez em que escalar alguns dos atuais desafetos da torcida, Paulo Victor, Marcio Araújo, Gabriel ou Sheik, não escapará da corneta e dos Fora, Zé! a que fizer jus. Esperemos que o novel treinador não se abale, torcida inteligente é assim mesmo.

E fora essas trivialidades, é num embalo místico que o crente torcedor do Flamengo é obrigado a questionar o mundo lógico que nos cerca. Estão nos deixando sonhar. Como já é tradição no Brasil, e somos tão pobres em tradições, os anos de impeachment na Presidência da República são também anos de Flamengo Campeão Brasileiro. Taí o glorioso ano de 1992 que não nos deixa mentir.

O jogo em si, se analisado pelas lentes da isenção e da imparcialidade, não nos permite maiores oba-obas. E isso não deixa de ser positivo também. Mas o esquema tático bolado por Zé Ricardo é esperto. Pelo que pudemos observar consiste em fazer mais gols que o adversário e em Campina o esquema funcionou bem. Por mais cansativa que a ideia possa nos parecer, o Flamengo está obrigado, em função de forças muito além da nossa reduzida capacidade de compreensão, a levar a sério a porr* do Brasileiro.

Como se sabe, o crente torcedor do Flamengo só conhece dois estados d’alma: o Rumo ao Hepta! ou o Esse Nós Cai! Vamos ficar na torcida com o novo técnico, a nova mentalidade e uma não tão nova palavra de ordem.

Mengão Sempre

ARTHUR MUHLENBERG

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